Esquinas

Esquinas

Não é tua e nem minha e de ninguém

É esquina do mundo que sempre vem

Abordando a surpresa dos encontros leves e pesados!

Lugar dos mortos-vivos, dos desconfiados...

E passam, por ela, os enamorados tímidos, os de sem corpos padronizados

Esquinas dos escritores, das prostitutas (os), dos divorciados do mundo

E soma pelo mundo as vértices da vulgar filosofia

E suga-se dela extrato de vidas sem direção, amarrados destinos na prisão do Céu!

E ao se virar, mais esquinas os seus olhos verá

E ao morrer, seu corpo passará, quem sabe, por muitas esquinas sem mais te incomodar

E no finalmente, no terminar da sua real existência, o silêncio da consciência

Que já mais entenderá em que esquina se perdera!

Tércio Monsores
Enviado por Tércio Monsores em 16/10/2011
Código do texto: T3279600