Que os olhos vêem
Eles todos ostentando alguma coisa que não são,
Que não possuem, nem dentro de si mesmos
Iludidos talvez em dar importância às aparências
Por vaidade, por insegurança de ser o que realmente são
Esquecendo-se que o uso de tudo é provisório e passageiro
Que tudo tem um tempo de acabar, tudo tem término, na vida
As situações, as convivências de todos os graus, os momentos, as conveniências. E até as ilusões que tantos querem se apegar e controlar são instantes e efêmeras
E mesmo assim, perde-se tentando se assegurar de quê?
E mesmo assim, perde-se tentando impressionar a quem?
A que custo?
Inutilmente, se todos um dia se vão, sem saber o exato da direção
Sem saber o caminho a percorrer, o que está por vir
Ao redor os olhos vêem carência excessiva, medo de estar consigo mesmo, ainda que seja pelo mínimo de tempo eles temem ficar só
O silêncio incomoda - o sentido da meditação do que é a vida pra si, é mesmo necessário, para que questionar sobre o próprio entendimento do viver?
Mesmo com todos os avanços, mesmo com milênios de vida humana, o conhecer-te a Ti mesmo ainda é assustador, por que, ainda é? Aceitar ser o que se é ainda não vale a pena - tentar.