ANJO FAMINTO

Quando eu lembro

Que quando criança

Houve dias em que

Eu roubava comida para sobreviver...

Eu me sinto tão pequeno

Entendo-me criança, mas não perdoo

Aquela criança carente e faminta

Aquela criança má que eu fui...

Não era intenção daquela criança

Fazer qualquer mal a alguém

Nem mesmo à minha avó Angelina

Que na sua senilidade nada compreendia

E morria de fome comigo...

O menino faminto sobreviveu

A avó senil não resistiu

Não sobreviveu ao descaso, ao abandono

Então Angelina pegou suas asas e partiu...

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05.10.11

MARIO ROGERIO FEIJO
Enviado por MARIO ROGERIO FEIJO em 05/10/2011
Reeditado em 06/10/2011
Código do texto: T3258791
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