Vida do autônomo
Não tem feriado nem dia santo,
Não tem domingo com descanso.
São todos os dias iguais na semana,
Trabalha duro de sol a sol na dança
Para ganhar suado pão.
Esta é a vida do pobre, do autônomo,
Dorme pouco, trabalha duro
Para ganhar suado pão.
Paga impostos no que compra
Sem retorno, educação, lazer
Sem nenhum prazer.
Felicidade é o jeito como encara os problemas
Na rotina de todo dia sorri.
Tem fé, coragem, muita garra,
Esperança de que alguém apareça
Para aliviar a sua peleja
Algum milagre, quem sabe?
Sempre espera por este milagre
Na próxima urna com ilusão
Que suma de vez tanta corrupção.
Vida boa só mostra-se na televisão,
Nos sonhos, nas promessas, novelas
Que não chega ao pobre não.
De domingo a domingo, é pura dureza!
Fay Melo
Salvador, 03/09/2011