O pão nosso de cada dia

Sob esquemas desenvolvidos com astúcia,

O homem proclama-se escravo da labuta

E tem em seu quotidiano expoentes de uma luta

Que lhe dão sobrevivência e configuram sua fidúcia.

No seio social há holofotes sem transparência

E a existência mescla-se a profundos dilemas

Que tornam o existir uma película de cinema

E se associam à conexão de exiladas consciências.

Sob a égide de um aparato que engana

Carrega-se um carcomido livro e se proclama

Que ali está um esteio que é o pão nosso de cada dia...

A palavra escrita não é adereço, mas alimento

Que sacia o saber de quem busca no mandamento

A razão única do viver sincero sem os alicerces da hipocrisia!

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Ivan Melo
Enviado por Ivan Melo em 19/09/2011
Código do texto: T3229235
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