Inocência Maculada
Era uma flor...
Pequenino botão
Esperava na vida
Eterna alegria
Ser maldito...
Destituiu... Fina flor!
Arrancou o véu
Antecipou a primavera
Sacudiu desde a raiz
Tocou a flor
Feriu sua candura
Maculou sua pureza...
Sem dó... Sem coração...
Apagou do seu olhar
O brilho da inocência
Abalou sua crença
N’alma plantou
A marca da dor
Semente insana
De um malfeitor!
Assim floresceu
Sem a beleza da cor
O vento soprou para o nada
Sua pétala imaculada
Assim... Seguiu seu caminho
De botão virou flor
Na memória...
Banho de uma lágrima!
Sem poder apagar
A imagem fatídica... Magoada
Sempre acorda
No orvalho da madrugada