*ATRAVÈS DA VIDRAÇA
O olhar se fixa na penumbra noite
Um vulto bebe a solidão, disfarça
Corpo e cama fria, o lençol, açoite
A brisa compartilha o vulto abraça
Uma mão amiga a mesma igualdade
Estende outra mão oferta desventura
Na face, a palidez, um véu disfarce
Cumplicidade em dupla amargura
A noite se agita, no sopro inquieto
A lágrima da neblina toca o corpo
No frio, o único abrigo indiscreto
Oferta a praça, abrigo tosco torso,
Na sinuosa correnteza dois olhares
Dois sonhares de infância perdida
Um mundo inútil sem seus altares
Mãos mendigando em despedida
A boca sequiosa afoita o paladar
Da oferta embrulhada num papel
A mente se turva encharcado, o pó
Noites testemunhas, dias com o véu.
Na Antologia Poetas Del Mundo, publicada
hoje na Bienal do Rio de Janeiro
O olhar se fixa na penumbra noite
Um vulto bebe a solidão, disfarça
Corpo e cama fria, o lençol, açoite
A brisa compartilha o vulto abraça
Uma mão amiga a mesma igualdade
Estende outra mão oferta desventura
Na face, a palidez, um véu disfarce
Cumplicidade em dupla amargura
A noite se agita, no sopro inquieto
A lágrima da neblina toca o corpo
No frio, o único abrigo indiscreto
Oferta a praça, abrigo tosco torso,
Na sinuosa correnteza dois olhares
Dois sonhares de infância perdida
Um mundo inútil sem seus altares
Mãos mendigando em despedida
A boca sequiosa afoita o paladar
Da oferta embrulhada num papel
A mente se turva encharcado, o pó
Noites testemunhas, dias com o véu.
Na Antologia Poetas Del Mundo, publicada
hoje na Bienal do Rio de Janeiro