O alcoolatra

Ainda com o gosto na boca

Daquela cachaça malvada

Que deixou minha alma louca

E minha vida desgraçada

Começou com a dose pequena

Apenas para mera diversão

Para ter coragem e alma serena

Sem saber que era ilusão

As doses foram aumentando

Já não bebia socialmente

Minha vida foi se modificando

Agora tinha me tornado doente

Minha família havia perdido

Pelo álcool eu a troquei

A doença tinha me vencido

Foi quando uma luz encontrei

Conheci alcoólicos anônimos

Com ajuda deles pude renascer

As reuniões eram hormônios

Que me fizeram crescer

Evite o primeiro gole foi sugestão

Logo deu certo no meu dia a dia

Entrei no processo de recuperação

Vivo a realidade sem fantasia

Seguindo os doze passos da literatura

Consigo caminhar um dia de cada vez

Já não durmo em banco de prefeitura

E do boteco já não sou mais freguês

Alcoólicos anônimos foi minha saída

Homens e mulheres com o mesmo ideal

Com Deus tinham a aliança partida

Pois a bebida só lhe fizeram grande mal

Muitas vinte e quatro horas a todos vocês

Que admitiram que alcoolismo é doença

A humildade hoje é sua grande altivez

Driblaram a morte que era sua sentença

Uma homenagem aos Grupos de AA que tem tirado vários pais de família do alcoolismo e recuperado a dignidade e moral. Baseado em fatos reais e depoimentos de membros de AA.

ARTONILSON MACEDO BEZERRA
Enviado por ARTONILSON MACEDO BEZERRA em 06/09/2011
Código do texto: T3203128
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