O covarde

Havia um homem caído no chão/

De longe o avistei/

Notei como todos o notava/

Passavam ao seu lado/

Mas mesmo assim o ignorava/

Mesmo a distancia meu sentimento /

Tinha certo reconhecimento /

Com que, os que ao lado dele transpassava/

Perturbou-se minha alma/

Compulsivamente/

Internamente/

Inconscientemente ela se perturbou.

Mas ainda assim meu sentimento era reciproco com o da maioria/

Maldita seja o senso comum!

Maldito seja o maldito!

A fala e falta/

Conforme o tempo foi se arrastando/

Próximo eu ficava de minha realidade/

Então agi...

Como todos pensei em mim/

Ignorei o coitado no chão/

Entrei no banco/

Saquei e fui-me/

E ao sair...

Observei algo que nunca me permiti/

Um senhor de baixa estatura/

Meio corcunda/

Vestidura simples/

Olhos sofridos/

Acolhendo/

Ajudando/

Como sou covarde!

E maldita seja a covardia de fazer o certo!

Agora tenho o rosto do precipitado em minha fase/

Em minha veia/

No meu dizer/

Acordo e dou bom dia/

Minha pobre covardia.

guido campos
Enviado por guido campos em 25/08/2011
Código do texto: T3182193
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2011. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.