Os Viciados…
Nesta guerra
Nesta moderna caixa de Pandora
Que nada de novo nos tem para mostrar
Mas onde uma parte negra de nós encerra…
Onde nada floresce
Onde o que tudo o que tem um sopro de vida
Lá fenece
Pois lá se evanesce
O que dizem de termos único
A nossa sensibilidade
Que incineramos
Sob a capa de uma nova realidade
À qual
Para a legitimar
Colamos o cómodo
E perverso rótulo de “humanidade”…
Porque não é um problema circunstancial
Localizado
É Global
É todo um problema de uma civilização
De sermos todos viciados
Nós por uma série de defeitos
Existenciais
E sociais
Sendo que o maior
É de eleger
Ou pelo menos legitimar
Os eventuais lideres
Que podem saber um pouco de tudo
Mas que sobretudo
Não nos sabem comandar
Abrindo a tal Caixa
Para se reverem
No interior do seu espelho
Para reverem
Que para além dos seus sorrisos publicitários
Acabam por serem iguais
Aos tiranos que juraram combater
Não por uma questão de valores
Por uma questão de Dever
Mas porque tal vem consignado
Nas Constituições
Escritas em tempos antigos
Por Homens que viram
O que mil e umas guerras tentaram destruir
Mas que estamos agora
A reavivar
Pela ignorância
Ou a doença maior desta civilização
Que é não ter memória
Ou fazer esta
Demasiado breve
Porque apesar de permanentemente acompanhados
Cada ser destes tempos
É só
Somos insustentavelmente populares
Insuportavelmente abandonados
Por pecadilhos próprios
Somos
Viciados…