Vertentes do Porvir
Na arena do planeta
A boa vontade míngua com os homens,
Estatutos esdrúxulos que se consomem
Retratam a bandeira de hostil faceta.
Um mundo desorientado alhures se move
Mediante configurações confeccionadas pelo alto poder,
Do micro ao macro todos têm de conceber
Ladainhas peçonhentas que a ninguém comove.
Façanhas hipócritas inundam os noticiários
Em busca incessante de apoio e fanatismo,
Expressos ficam fotografados os males e o mau-caratismo
Dos que dirigem a seara de um universo perdulário.
Abastadas nações se dizem donas da Terra,
Ameaçam e invadem domínios além-fronteira,
Exorcizam populações com ímpetos de medianeiras,
Mas acionam interesses próprios no seio da esfera.
O homem faminto sucumbe lentamente
Na pseudo esperança de uma ajuda humanitária,
Doenças incuráveis dão respaldo às funerárias
E a vida, aos poucos, deteriora-se plenamente.
Verdades nefastas recebem aplausos em auditórios
Onde se fomentam a guerra, o sexo, a pedofilia...
Já não se consome amor e nostalgia,
Mas uma solidão configurada em antros e consultórios...
A sociedade caminha indigente e mascarada
Por veredas e vales de portes descomunais,
Em seu porvir não haverá presentes nem ancestrais,
Pois o Apocalipse é a poluição desenfreada, mais nada...
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