O DIA SEGUINTE.....
Enfastiado fica o comilão
Ao que o olho não soube resistir
No refluxo da paixão
Tempo amargo à digerir.
Como cru o apressado
Ou imprudente ao prato quente
Não extrai o sabor substanciado
E queima a língua imprevidente.
Feito pavão de tanto adereço
E na insensatez de tanto brilho
Esvazia o cofre o alto preço
Paga o “mico” pro delírio.
Nariz empinado ao olhar
Pisa nas flores sem perceber
A “dor de barriga” um dia visitar
E a tempestade devastar e abater.
Bem estar no mundo ou à ele pertencer
É cuidar de medir o que convém
Permitir-se ao irresponsável e mero prazer
É arriscar-se aos efeitos não condescendente com ninguém.