Nas tribos tupiniquins
Olha só, a obesa denúncia do conforto que
desenvolvemos! E a famélica digital da injustiça
social; uns exercitando-se pra “queimar” as sobras,
faz-de-conta,
outros mendigando, comendo as pontas…
E esse papo de esquerda e direita, cada qual com
sua receita; futebol e carnaval,
a finta e a fantasia, perfeitas.
O canhoto que protestava, já não é desta feita…
Questão de perspectiva,
do lado que aponta a placa;
a lateral direita de quem defende,
é a ponta esquerda de quem ataca…
Agora, são urnas eletrônicas, não há fraude assim;
aperfeiçoamos os meios, apodreceram os fins…
Que fácil prometer, o que outros devem fazer!
Ai Deus os coloca no alto, pra que todos possam ver.
Fragmentada nação, no fundo, veraz nação não é;
tribos içando estandartes, com a força de seus caciques,
e o feitiço de seus pajés.
Compramos inativas armas, pra deter a violência
disseminada. Canetas assassinas impunes, assinam,
os desvios da corrupção; a violência profissional
segue armada. Almas que não se desarmam, fazem a
ocasional, matando a pedradas…