Crateras

A vida me faz obsceno...

Desbravo o sertão de um social caipira

Em que a morte ronda em cada esquina,

Onde o negro é a luz que alumia todo amanhecer...

Mazelas e miasmas fecundam cenários de terror

Nos campos em que outrora via-se o germinar do amor...

Há uma transposição de caráter sem igual,

Vicissitudes que obliteram as estradas do bem...

Já não há solidão, saudades não aconchegam ninguém

E lunáticos episódios retratam a natureza do mal.

O homem torna-se fantoche de seu próprio eu

Perdido num labirinto de cordas em sua manipulação...

O deserto é atroz, arrepios que deserdam o coração

Bailam carrancudos e destemperados por fortes ventos

Que, impulsionados por vagabundos vermes, homicidam os sentimentos!

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Ivan Melo
Enviado por Ivan Melo em 14/08/2011
Código do texto: T3159388
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