Sandy(sse)
Homo sapiens
Deseja viver pra sempre,
Mas o que mata não larga,
Festeja a diminuição do tempo,
E a aquisição de novas cargas.
Joga co’a esperança alheia,
Prometendo o que não há;
Mata a mãe por um pé-de-meia,
Se lhe rogam uma linha, não dá.
Erige imensas, vistosas polis
E trata mal à política,
Uns o elogio deixa moles,
Outros, sucumbem à crítica.
Adora colher afagos,
Mas semeia indiferença;
Fala comprando aplausos,
E não vende o que ele pensa.
Versa coisas ínfimas e grandes,
Ao sabor da inclinação,
Preferências sexuais da Sandy,
Como roubar um milhão.
Sou da espécie, tamos aí,
Quem viu tanto, pouco assusta,
Do Eterno, viemos até aqui,
Às vezes, acreditar isso custa…