URBANO

Do triste olhar

daquele menino no sinal

pude ver bem dentro

daquele lágrima rescem-nascida

as cenas mortas

de uma paisagem enrubescida.

Vi desaponto e esperança

eu vi a chuva.

Vi um pão velho com alegria

e um cão sarnento por companhia.

Vi uma moeda jogada ao chão

vi tantas bocas, de muitos NÃOS.

Brincadeiras, patifarias,

molecadas, gritarias.

Abriu sinal

passou-lhe um carro de raspão.

O garoto estava invisível

- tal qual justiça, e igualdade

Lyah Turek
Enviado por Lyah Turek em 10/12/2006
Reeditado em 14/06/2009
Código do texto: T314643