Paisagens urbanas
Numa rua de terra ,paisagens urbanas,desumana,aqui sua alma é conforme sua grana,espanta saber que a desigualdade é uma fotografia em preto e branco.
Numa faculdade ,aluno vê como arte tic! tac!,seis da tarde,caminhando vou pela rua de terra .Mochila amarela o,o menino quer ser alguém ,difícil ser nos pais de ninguém,trocadilhos nada complicados to falando de etnia capitalismo só fatos .
Pinta o artista plástico seu quadro de terror ,se faz cultura com a desgraça do meu povo,tudo de novo,pede voto faz negócio,cesta básica a quem tem fome ,dinheiro pro bicho homem,que faz tudo dar lucro,droga,arma,até defunto.
No fim da rua de terra tem uma assembléia,o pastor prega amor,vejo muitos passar tampar o ouvido coração ferido ,ainda libertam o bandido
Mudar,mudança,são os gritos dos caras pintadas,mais já não saem mais pra rua,é um grito interior pois tem medo de se expor,conforme for me deixe aqui na sombra sem precisa pensar,pois se penso eu vejo,o filho do vizinho viciado,sou ignorante o suficiente para pensar que nunca vai acontecer comigo ridículo o egocentrismo,classificados vamos!
Não há vaga para o filho do pobre,não tem curso superior,inferior,não tem nada,não tem nome,pela rua de terra o sol some.
Lá vai a peregrino,sem comida,sem banho,só boa historias e um olhar triste,dentro de mim algo acontece,me faz a ele perguntar sobre ¨woodstok,diretas já¨,Getulio Vargas,sua face fica dura expressiva,e bem viva,me responde direto sem rodeios,tempos bom levados pelo vento.
Falamos de esperança como se fosse um objeto dificil de ser alcançado,lançada em um penhasco,trocada por trocado,minha esperança consegui recuperar olhando aqueles traços,sofrido,delicado,pelas pancadas da vida marcado rua de terra o dia se faz nublado