Um dia o vento vira

Há muitas convenções estranhas,

Meu cérebro pobre não manja;

Por que o vinho branco é verde,

E a caixa-preta é laranja?

Outro vetor muito crítico,

Que me deixa encabulado,

Acuse o inquérito de fato político,

E não será mais investigado.

Se caça parcos ladrões,

A pesada manda brasa,

Quem rouba vinte milhões,

É condenado a ir pra casa.

Dever empurram co’o barrigão

Pra numa ocasião como essa,

poder dispensar licitação,

Porque a estrutura tem pressa.

Nos tratam como moleques,

Povinho pé-de-chinelo,

Eles como o ogro Shrek

Vão do pântano ao castelo

Mas um dia o vento vira

E devolve o cheiro da bosta,

E ar que a gente respira,

Essa corja vai ver se gosta

Leonel Santos
Enviado por Leonel Santos em 06/08/2011
Código do texto: T3142638
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