Lamento Severino

Povo que sofre,tão remido pelas suas crenças

Povo que mata pra não morrer nas dores de suas angústias

Que amanhece em sua terra natal e dorme no outro lado do mundo

Povo que merece meu respeito e algumas palavras de consolo

Sua arte é a resposta para vida,seu canto, belo nos ouvidos de sua natureza

Povo que sofre da realidade em que nasceu pra sofrer

Que foge da foice pra sobreviver,mas que dela utiliza pra se sustentar

Que morre sem medo,que vive doente durante o sol,mas que se cura quando o dia acaba

Que todo ato de preconceito meu seja castigado pelos seus deuses

Hoje aprendo a respeitar tal dor e estupro que essa maioria sofre

Maioria que foge da morte para quem sabe conseguir mais alguns dias de vida

Que se corta até o ultimo espinho da flor da flora que o sustenta

Quando o sol nasce,cada um sai de seu esconderijo

Cada um,mata,morre,soa,ganha o pouco,vive o muito

Faz seu carnaval com algumas notas de seus instrumentos pálidos

Mente estar satisfeito com seu trabalho,estar alegre pelas dores

Mistura de suor dos dias que corroem seu corpo,que machucam sua alma

Com a alegria de gritar que ainda vive,que deseja um dia parar de sofrer

De andar por entre os tais falados “sois da liberdade” que brilham no céu da pátria

Mas o sol que esse povo conhece ,é aquele que queima suas cabeças todos os dias

Gabriel Dickinson
Enviado por Gabriel Dickinson em 05/08/2011
Código do texto: T3141714
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