No Trabalho

É como o espanto

De uma boca que se abre assustada

E lambe com a língua vermelha a censura

E lança o comando engravatado

Sobre os olhos que se põem sentados

Do cérebro agora sai fumaça

Pequena fábrica de sensações o corpo

Assustado

Esquivado

Arrepiando os pelos como o gato

O susto típico do rato

Nadando nos canos o operário

Se assim não fosse,

Nada estava terminado

Nessa cadeia há quem grita mais alto

E há quem fique calado

E esconda com cabelo no rosto

Ou um sorriso de deboche

E cala o vocabulário mal educado e merecido

Vindo de uma língua vermelha agora pálida

Óli
Enviado por Óli em 04/08/2011
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