Coisas que me deixam pê

Coisas que me deixam pê,

ah, uma enormidade,

políticos safados na mamata,

de sofismas sua casamata,

apelidando a negociata,

pacto de governabilidade.

Ainda subo na mesa,

e praguejo outro tanto,

ouvindo o pregoeiro infame,

cortando, da verdade, o arame,

embalando bosta em celofane,

profanando o Nome Santo.

Quer ver eu quebrar os pratos,

amebas que entram na tela,

emprestando suas gargantas,

canonizando idiotices tantas,

assoviando e aplaudindo antas,

só porque são antas belas.

Darwin maculou os primatas,

que quebraram o elo perdido,

já pensou se fosse descendência,

essa miscelânia de excrescências,

jumentos ditos, excelência,

compreensível orgulho ferido.

Sei que estou contra o vento,

tentando asfaltar a Transamazônica,

remover da turquia, Istambul,

trazer a Noruega pro polo sul,

Gagarin disse que a joça é azul,

aos meu olhos, é policrômica…

Leonel Santos
Enviado por Leonel Santos em 28/07/2011
Código do texto: T3123699
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