LÍRIOS AO VENTO
Guida Linhares
 
Pai Amado, jardineiro do mundo
Olhai pelas crianças desamparadas
Dai a elas em sentimento fecundo
a esperança de algum dia serem amadas
 
São como frágeis lírios ao vento
vergando-se às intempéries da vida
Têm fome de amor, moram ao relento
sem calor, sem perspectiva, sem guarida.
 
Pai Amado, vela seus sonhos existenciais 
abriga em seu coração sentimentos nobres
a fim de que não se percam em atalhos mortais 
 
Precoces guerreiras revestidas de incerteza
perambulantes de rua, nascidas em lares pobres
que seus olhos um dia, possam ver só beleza.
 
Santos/SP/Brasil
26/07/11
 
 Participação na Ciranda Poética
do Portal A Era do Espírito.


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