Sonambulismo

Ventos que sopram a areia

Nas estradas solitárias do deserto,

Feridas que tornam incerto

O destino que o homem semeia.

O fogo dilacera vultos adormecidos

Que foram banqueteados por abutres,

Bocas insólitas trapaceiam e não discutem

Um porvir nauseabundo e empedernido.

Sombras obscurecem a sede carcomida

Que a fome depauperada e homicida

Execrou nos organismos de um povo imberbe..

Finíssima garoa de grãos silvestres

Inunda os vales de transmissíveis pestes

Em que a vida sonolenta não apetece!

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Ivan Melo
Enviado por Ivan Melo em 26/07/2011
Código do texto: T3119212
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