Descores
Prefiro vomitar poesia
à ter hálito de flores de plastico
Refuto os dias comuns
A bem dos momentos drásticos
rasgo os tecidos de ceda
Sigo os descaminhos da incerteza
Ignoro o fútil, belo, e a pureza
Para quem as cores?
Para que as dores/
Para todos as flores
Se ausência de cor é tristeza
Se arco iris é felicidade
Se vermelho é amor
paixão, revolução
Para que as cores?
As dores,prefiro as flores
As vezes quero o cinza
Vida descaminhos
Suja, limpa
Para que as cores?
As dores?
Inverto o sentido das cores
Agora é defecar oque para uns
é repugnante
Cartaz de refrigerante
Coca cola e sangue
Nas tardes de novela e bangue bangue
Forma, deforma
reforma, criação
eva, Adão
genética
Quando acabar me avisa, do bruto
do estupro da monaliza
Odair Dias