Descores

Prefiro vomitar poesia

à ter hálito de flores de plastico

Refuto os dias comuns

A bem dos momentos drásticos

rasgo os tecidos de ceda

Sigo os descaminhos da incerteza

Ignoro o fútil, belo, e a pureza

Para quem as cores?

Para que as dores/

Para todos as flores

Se ausência de cor é tristeza

Se arco iris é felicidade

Se vermelho é amor

paixão, revolução

Para que as cores?

As dores,prefiro as flores

As vezes quero o cinza

Vida descaminhos

Suja, limpa

Para que as cores?

As dores?

Inverto o sentido das cores

Agora é defecar oque para uns

é repugnante

Cartaz de refrigerante

Coca cola e sangue

Nas tardes de novela e bangue bangue

Forma, deforma

reforma, criação

eva, Adão

genética

Quando acabar me avisa, do bruto

do estupro da monaliza

Odair Dias

Odair Dias
Enviado por Odair Dias em 25/07/2011
Reeditado em 19/04/2013
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