Consolação.
Cinzentos tempos, de mármores gastos.
De flores morrendo, o sol brilhando mais forte e mais quente.
Os mares se enchendo, os rios secando.
A primavera, quase já não existe.
E nem as douradas noites,com o brilho da lua e das estrelas.
Os pássaros já não cantam, perderam seus ninhos.
A natureza quase morta num desalento sem fim.
Entre dias e noites, escuras e sombrias,
as mães padecem e choram, nos túmulos de mármores gastos.
Onde seus filhos jazem sem vida.
Num doce engano de uma esperança sem fim.
Suas lágrimas rolam, seus gritos estão mudos.
Numa plena escuridão, que já não enxergamos.
Tudo estava escrito, em velhas páginas de algum livro.
Deixado em algum canto da casa, que poucos leem .
Na solidão de uma página infinita. Num silêncio! O meu sonhar.
Quase esquecido, ele, o meu sonho se perde, entre os gastos tempos,
de forma inacabada e incerta, de uma esperança ou de um desatino.
Onde os sonhos morrem com os segredos, pelo que, não se quis fazer,
num total descarte, de um olhar fingido.
Busco a vida já quase sem vida, num tempo presente, destes tempos sem futuro.
Olho para trás e ainda vejo, belas florestas, empoeiradas, raízes e troncos mortos.
Em algum lugar ,esquecidos, sem cuidados e carinhos.
Minha garganta umedece, posso escutar ,sussurros e lamentos .
Num Tórrido verão, ou num inverno, sem orvalho.
Ouço os murmúrios do vento
sem querer perder a sua brisa suave.
Nessa total escuridão... Ela clama em desespero.
Nas mãos de filhos enfies, desta árdua vida dura.
De um tempo duro que dançam a sua morte.
em tempos impuros,que ela sabe que a sua morte é certa.
Por uma total desventura, ela chora a sua sorte e, os letrados o ignoram e o esquecem,
que a vida ,depende de cuidados, para a perpetuação da espécie.
mariarayalves silva