Escorregam pelas ruas
o peso de mortes sem sentido
Os sineiros tocam à defunto prematuro
Dos esconderijos da raiva
surgem informações sujas de sangue
Assassinos com feições de vermes
e miolos enrugados
enchem televisões a cores
Pegadas de morte
fortes
firem
Fecham tudas as portas
Ataúdes abertos mostram-se
no nojento marco
duma sociedade em declive