Estação da Luz... Estação da Morte

Estação da Luz...

Estação da Morte...

Na chama que se acende

Mudança de vida; morte que transcende.

Ao som dos concertos

Pessoas sem rumo...

Zumbi de Palmares...

Zumbis aos pares.

Mentes brilhantes...

Memórias da resistência

Mentes descontroladas...

Pés no chão nas calçadas.

Luxo e lixo...

Trilhos e “pilos”...

Carros de luxo...

Carroças de entulhos.

Luz da esperança...

Luz da ignorância

Personagens ilustres...

Cidadãos inúteis.

Uma luz ao fim do túnel

Um parque florido...

Sociedade volúvel...

Violência inútil.

Famílias abastadas...

Famílias destruídas

Cultura requintada...

Genocídio cultural.

Nomes enaltecidos...

Nomes esquecidos

Registro secular...

Sem registro a perambular.

Escórias da sociedade

“Nata” da sociedade

Chuva de arte...

Dilúvio de insanidade.

Cachimbo de ouro

Cachimbo da paz...

Cachimbo de “antena”

Descaso a duras penas.

Na Estação da Luz...

Luz desejo avistar

Destruir meus demônios...

Contra o escuro lutar.

Resistir com força...

Memórias relembrar

E num parque cheio de luz

Correr, cantar e sonhar.

Resgatar valores perdidos

Esquecer o ninho de lixo...

Rolar em lençóis de algodão

Caminhar com pantufas de leão.

Lá do alto dos edifícios

Emanar chuvas de felicidade

Cobrir aqueles que sofrem

Proteger aqueles que se destroem.

A Estação da Morte desejo derrota

A Estação da Luz, muitos holofotes

Para iluminar a luz da minha mente...

De voltar a sorrir e ser gente!

LUCIANO MOREIRA
Enviado por LUCIANO MOREIRA em 16/07/2011
Reeditado em 25/01/2014
Código do texto: T3099992
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