Estação da Luz... Estação da Morte
Estação da Luz...
Estação da Morte...
Na chama que se acende
Mudança de vida; morte que transcende.
Ao som dos concertos
Pessoas sem rumo...
Zumbi de Palmares...
Zumbis aos pares.
Mentes brilhantes...
Memórias da resistência
Mentes descontroladas...
Pés no chão nas calçadas.
Luxo e lixo...
Trilhos e “pilos”...
Carros de luxo...
Carroças de entulhos.
Luz da esperança...
Luz da ignorância
Personagens ilustres...
Cidadãos inúteis.
Uma luz ao fim do túnel
Um parque florido...
Sociedade volúvel...
Violência inútil.
Famílias abastadas...
Famílias destruídas
Cultura requintada...
Genocídio cultural.
Nomes enaltecidos...
Nomes esquecidos
Registro secular...
Sem registro a perambular.
Escórias da sociedade
“Nata” da sociedade
Chuva de arte...
Dilúvio de insanidade.
Cachimbo de ouro
Cachimbo da paz...
Cachimbo de “antena”
Descaso a duras penas.
Na Estação da Luz...
Luz desejo avistar
Destruir meus demônios...
Contra o escuro lutar.
Resistir com força...
Memórias relembrar
E num parque cheio de luz
Correr, cantar e sonhar.
Resgatar valores perdidos
Esquecer o ninho de lixo...
Rolar em lençóis de algodão
Caminhar com pantufas de leão.
Lá do alto dos edifícios
Emanar chuvas de felicidade
Cobrir aqueles que sofrem
Proteger aqueles que se destroem.
A Estação da Morte desejo derrota
A Estação da Luz, muitos holofotes
Para iluminar a luz da minha mente...
De voltar a sorrir e ser gente!