Livres x Prisioneiros
Na areia de pés descalço
A brisa me fortalece
A água que me refresca,
Salga o corpo da bela morena
Inicia-se o crepúsculo
Ouvem-se algumas vozes
E uma suave melodia
Em perfeita harmonia
Admiradores aproximam-se
Compartilham a alegria
Registram o momento
As palmas acompanham
Enquanto alguns dançam
As gargalhadas só aumentam
A tristeza não se prolifera
Estranhos se abraçam
Como se fosse velhos conhecidos
Branco, preto, novo, velho
Pobre, rico, ateu e cristão
Compartilham a alegria
O sol já caiu,
A lua é quem ilumina
Uma fogueira aquece os corpos
E a bela musica aquece as almas
Mas não é sempre assim
Os pés não tocaram a areia
A água não refrescara mais
A bela morena tirará o sal de seu corpo
Não terá melodia
As vozes não trarão harmonia
Não haverá admiradores
Ninguém aplaudira
Todos dançam outro ritmo
E nada é compartilhado
O que se ouve são choros
Os estranhos são só estranhos
Branco, preto, novo, velho
Pobre, rico, ateu e cristão
Não compartilham nada
O sol não subiu
A lua perdeu o brilho
A febre queima os corpos
E a alma é congelada
É assim os escravos do dinheiro