Aprovação Genética
Eu sou um simples homem pardo
Diante das desigualdades sangro
Sou mestiço convicto, sou mulato
Mas há inúmeras ordens de distinção
Onde mestres litúrgicos não me enquadram
Por não estar eu geneticamente aprovado
Certos olhos nas ruas regorgitam ódio
Olhos que já me têem como escravo
Andam pomposos e garbosos
Diante da tristeza dos fatos
Sou decendente de Zulu com sangue Eslavo
Mistura do que presta e não
Do choque de agrados e desagrados
Mas quem não sente a ferida
Jamais entende os fatos
Que se extendem atarefados de cólera
Para que serve um ideal, uma religião
Sem fé na real bondade
Independendo a origem ou nação
Para quem servimos?