Inverno
Vivo a angustia
De uma alma peregrina.
Persigo o silêncio
Que escapa das mãos
E se junta ao tempo
Que vai.
Procuro no escuro
As digitais dos que teceram o caminho,
Deixando suas marcas
Sem grito.
Trafego entre vozes
Que retalham a história,
Costurando em colchas
A fúria do desejo que tem,
O medo das perdas que vêm,
A tormenta das incertezas.