Inverno

Vivo a angustia

De uma alma peregrina.

Persigo o silêncio

Que escapa das mãos

E se junta ao tempo

Que vai.

Procuro no escuro

As digitais dos que teceram o caminho,

Deixando suas marcas

Sem grito.

Trafego entre vozes

Que retalham a história,

Costurando em colchas

A fúria do desejo que tem,

O medo das perdas que vêm,

A tormenta das incertezas.

Eduardo Lira
Enviado por Eduardo Lira em 02/07/2011
Código do texto: T3070031
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