Sanguessugas do Porvir
Olhei a vida pelo microscópio:
Ranzinzas partículas de átomos desconexos
Foram detectadas como sendo de sexo
Alhures ao matagal de preocupações que vive no ócio.
Olhei a vida pelo telescópio:
Esdrúxula simbiose de cores que adorna o universo
Foi diagnosticada como peçonha de malefício perverso
Que se concentra nas raízes do racional que nos é próprio.
Observei a vida pelo olho nu:
Ancestrais promessas de um mundo cristalino
Pranteavam a desonra que a ambição e o egoísmo
Plantaram no orbe de leste a oeste, de norte a sul.
As sementes daninhas que germinam no espúrio das consciências
Trarão ao planeta um porvir nefasto que tem na morte única eloquência.
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