Réu revel
Todo dia a mesma simetria.
Todo dia é dia de se lançar à revelia
Em seu universo o réu revel
Interiorizado de Maquiavel.
No democrático contemporâneo amor
Debanda-se para Cordel;
Porém, combalido este se esvai
No antagonismo constituir seu papel.
Aluga-se um bocado de aspereza
Ignoto a percepção demente
Salda-se com juros em tê-la
Por não perceber fios tênues.
Os porquês cabem ao coração
Devorado pelo insípido sal
Em funão do par que não é par
Que a todo instante é ser individual.
Egoísmo prisma egoísmo
Paixão reflete paixão
Se percebermos no sal a salsa
Eis o tempero para libertação.
(Wagner Viana – 27/10/2009.)