O infarto do asfalto
O Infarto do asfalto
Jorge Linhaça
Pelas artérias riscadas de massa asfáltica
correm milhares de glóbulos
brancos, vermelhos, verdes, roxos, azuis
amarelos, cor-de rosa, pretos e mil outras
cores e matizes.
São glóbulos reluzentes ou opacos, grandes ou pequenos a escorrer na efervescência do ir e vir.
Mas quando o sangue venoso se espalha pelo asfalto, os glóbulos param, engarrafados.
A artéria jaz entupida tal e qual infartada.
O vermelho escuro se fixa na massa cinzenta ,
o corpo estendido no chão.
Sirenes, gritos, buzinas...atrasos e pranto.
Corre o glóbulo branco de luzes vermelhas,
desliza nas artérias e veias da grande cidade,
corrida pela vida e contra a morte.
Desentopem-se as artérias e volta tudo ao começo.;
a mancha vermelha no asfalto mistura-se ao negro dos pneus indiferentes ao passado, seguindo sua sina de chegar ao ponto final da viagem.
Arandú, 26 de junho de 2011
14:17
Contatos com o autor:
anjo.loyro@gmail.com
O Infarto do asfalto
Jorge Linhaça
Pelas artérias riscadas de massa asfáltica
correm milhares de glóbulos
brancos, vermelhos, verdes, roxos, azuis
amarelos, cor-de rosa, pretos e mil outras
cores e matizes.
São glóbulos reluzentes ou opacos, grandes ou pequenos a escorrer na efervescência do ir e vir.
Mas quando o sangue venoso se espalha pelo asfalto, os glóbulos param, engarrafados.
A artéria jaz entupida tal e qual infartada.
O vermelho escuro se fixa na massa cinzenta ,
o corpo estendido no chão.
Sirenes, gritos, buzinas...atrasos e pranto.
Corre o glóbulo branco de luzes vermelhas,
desliza nas artérias e veias da grande cidade,
corrida pela vida e contra a morte.
Desentopem-se as artérias e volta tudo ao começo.;
a mancha vermelha no asfalto mistura-se ao negro dos pneus indiferentes ao passado, seguindo sua sina de chegar ao ponto final da viagem.
Arandú, 26 de junho de 2011
14:17
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