A PRISONEIRA
A prisioneira
Em cisma que o coração resvala,
Gotejo dalma vencida na tormenta,
Que os andrajos do peito desabafa,
As dores que em dor agoniada,
A pobre infeliz cumpre sua pena,
Esperando na humana caridade.
Perdeu de vez a sua identidade,
Caminha como sombra obscura,
Apenas um vulto atrás da sepultura,
No pavilhão dos encarcerados,
Esperando o último contratempo
Acalenta no peito a morte ou nada,
E ninguém ouviu o seu lamento,
A que dantes sorria para vida,
Por um erro fatal da sua sina
Condenada a morrer sem liberdade.
O sentido da vida e mesquinho
Afinal todos pagam por seus erros.
Há na mente um fatal desequilíbrio,
Um frenesi, de um fatal tormento,
São poucos que resistem o seu tento,
Um destino talvez, ou negra sorte,
Quando da mente se perde o controle,
O qual se morre antes que venha a morte.