O aparato (vale a pena ler)

Ficamos em frente ao aparato:

Ondas, ondas e ondas!

Frequência! Frequência!

Imagens! Conceitos e mensagens.

E com frequência!

Alienados...

Quem fica em frente ao aparato

não precisa pensar

Pois tudo já vem pensado, criado!

Abobados

Maldade, pseudo-bondade.

Informações, costumes

Princípios e conceitos!

Oitenta por cento do que nós aprendemos

sem questionar vem do aparato!

Passivos...

Deste aparato

vem pronto o que alguém quer que seja!

E assim seja!

O que o aparato falou, está falado!

Esta consumado! É sagrado!

E todos dizem:

- Amém!

Consumistas...

A imagem nos vem até a pupila

e é absorvida até chegar à nossa alma

Um apelo aos nossos fracos e podres instintos!

Valores são perdidos num instante!

Programados...

Sorrindo, chorando

vivendo vitórias, histórias e estórias de outros,

Assistindo a queda e assunção de reis,

Pré estabelecidos pelo próprio aparato!

Entretidos...

Traindo com olho, mente e coração,

esposa, marido e amante!

Seguindo estereótipos de pessoas,

esteticamente sugeridas,

imagem preconcebida!

E aos espectadores assíduos

sobra a banha sedentária adquirida!

... Descontaminação ... Ufa! :)

É de um processo de descontaminação que precisamos!

Reconstruir nosso mundo, nossos conceitos!

Redescobrir nossas virtudes e talentos!

Viver os lugares e as pessoas lá fora

E muitas vezes aos da na nossa própria casa!

Atitude

Cada um faz seu caminho!

Cada um é protagonista da própria vida!

Sem influência! Sem encenação!

É preciso se desligar da falsa idéia,

do fantasioso, mirabolante espetáculo

apresentado sutilmente por este simples aparato!

André Brandão
Enviado por André Brandão em 22/06/2011
Reeditado em 30/06/2011
Código do texto: T3050838