Com nosso silêncio...

Com nosso silêncio...

Hoje o crime é uma instituição,

Que foi sancionada com nosso silêncio

Pois os loucos, mal são encarcerados

A justiça os liberta, como inocentados

Temos casas saqueadas e seqüestros

Estupros, homicídios, latrocínios

Roubos e toda onda de violência

No campo, na cidade. Onde há vivência

O nosso drama, clama por rígida justiça

Porque a que aí está, não tem solução

São pavores irreprimíveis os que sofremos

Ultrapassou os limites que conhecemos

A terra inteira está ensangüentada

Pela insensatez de mentes diabólicas

Impassíveis ao sofrimento alheio

Sem trabalho, querem ter o bolso cheio !

Anda o mundo aos encontrões com a realidade

Há falta de amor, de fé no Criador

Finge-se fazer justiça, dissimulando

Por fim, penas alternativas aplicando

E o criminoso, faz do crime profissão

Num entra e sai, mesmo com extensa ficha

As benesses vão sempre em seu benefício

E as pobres vítimas, o cordeiro do sacrifício

Marcadas para sempre do pavor e medo

Suas faces retratam a angústia e pânico

Enquanto ao facínora o Estado dá salário

E não é pouco o que recebe o perdulário

Em janeiro deste ano, dois mil e onze

Foi para oitocentos e sessenta e dois e onze

Aquilo que eles chamam de benefício

Que na verdade, não passa de um malefício

O pobre trabalhador, é um azarado

Sua a camisa, para ter um soldo minguado

Inferior ao do criminoso que por seu lado

Por matar, roubar, pelo governo é premiado

Depois, ainda querem falar de justiça social

Sociedade é a criminal, que até enclausurada

A paga, reconhece, valer mais que a laboriosa,

Pois o governo dá-lhe paga mais rendosa

Para quê trabalhar, se o estimulo é menor

O governo não quer um povo trabalhador

Porque a paga que lhe dá é inferior

À do ladrão, pedófilo e do estuprador

São Paulo, 16/06/2011

Armando A. C. Garcia

Visite meu blog: http://brisadapoesia.blogspot.com

E-mail: armandoacgarcia@hotmail.com