O CHARME DE PARATY

Este inverno com um quê de verão.

Esta praia com garoa.

Esta simplicidade brasileira

Regada com estrangeirice.

Esta intersecção de flamenguice,

Paulistanice e mineirice.

Esta realidade de terra forasteira

Com terra nativa somada em fronteira

Fazendo o julho daqui

Parecer o dezembro de lá.

No bojo do ônibus para Trindade

As línguas diluídas no barulho do carro.

Os mestiços, negros e índios

Contrastando miscigenação

Branca com os alvos caucasianos.

Tudo isto e todas as coisas mais

Ressaltando o charme de Paraty

Para mim.

L.L. PRAIA DO PONTAL, 24/07/2010

POEMA 217 – CADERNO: CHEGADA NO PORTO

Leonardo Lisbôa
Enviado por Leonardo Lisbôa em 09/06/2011
Reeditado em 18/08/2011
Código do texto: T3024360
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