O CHARME DE PARATY
Este inverno com um quê de verão.
Esta praia com garoa.
Esta simplicidade brasileira
Regada com estrangeirice.
Esta intersecção de flamenguice,
Paulistanice e mineirice.
Esta realidade de terra forasteira
Com terra nativa somada em fronteira
Fazendo o julho daqui
Parecer o dezembro de lá.
No bojo do ônibus para Trindade
As línguas diluídas no barulho do carro.
Os mestiços, negros e índios
Contrastando miscigenação
Branca com os alvos caucasianos.
Tudo isto e todas as coisas mais
Ressaltando o charme de Paraty
Para mim.
L.L. PRAIA DO PONTAL, 24/07/2010
POEMA 217 – CADERNO: CHEGADA NO PORTO