Vão as folhas
Em cada palma de criança
cabe uma folha,
Estirada de seu lar
pouco a pouco levada
elas,
não sonham,
não gemem
nem migram de novo,
isoladas, cantadas por um destino
sonhador
Já não reclamam,
nem compoem a dor,
Que cada dia é uma
uma inteira em muitas,
Gerada de seiva e sangue
espécime rara,
nas bocas e valas
a se perguntar: de onde vem ?
Por certo que vai
entre passagens, brancas, escuras
Entre rotas perduram
e as crianças mal sabem;
Como nasce a árvore,
mas sabem que urge o tempo
em surgir a folha
que sozinhas nada podem
mas juntas,
recebem um desenho
e formam uma árvore de novo.
24/04/2011