Vão as folhas

Em cada palma de criança

cabe uma folha,

Estirada de seu lar

pouco a pouco levada

elas,

não sonham,

não gemem

nem migram de novo,

isoladas, cantadas por um destino

sonhador

Já não reclamam,

nem compoem a dor,

Que cada dia é uma

uma inteira em muitas,

Gerada de seiva e sangue

espécime rara,

nas bocas e valas

a se perguntar: de onde vem ?

Por certo que vai

entre passagens, brancas, escuras

Entre rotas perduram

e as crianças mal sabem;

Como nasce a árvore,

mas sabem que urge o tempo

em surgir a folha

que sozinhas nada podem

mas juntas,

recebem um desenho

e formam uma árvore de novo.

24/04/2011

Márcio Diniz
Enviado por Márcio Diniz em 08/06/2011
Código do texto: T3020930