TERCEIRA IDADE

Ao olharmos no espelho...

Vemos as marcas do tempo!

Somos amor, perdão, conselho...

Tristeza e contentamento!

Somos como todo mundo...

Queremos amor, admiração, valorização!

Queremos sentimento real, profundo...

Nada de fingimento, de representação!

Se querem nos conquistar, têm que nos escutar...

Ouvirem o desabafo da nossa alma!

Queremos sempre a chance de compartilhar...

As nossas dores e alegrias, com calma!

Olham para nós com desconfiança...

Como se fóssemos inúteis, imprestáveis, sem valor!

Em nossas veias corre o sangue da esperança...

Queremos ajudar, colaborar, contribuir sim senhor!

Em todos os lugares somos esquecidos...

Ninguém nos leva a sério!

Os nossos corações despedaçados, feridos...

Só querem atenção, não há mistério!

Somos como bairros abandonados...

E os políticos nada fazem por nós!

Somos pranchões da velha ponte retirados...

E os carros de som sempre abafam a nossa voz!

Somos como a praia da barrinha...

Evitada por ser muito poluída!

Mas amamos este bairro, esta terrinha...

Nova Almeida é paixão, amor e vida!

À terceira idade pertencemos...

Queremos voz, vez e valor!

E por mais que em alta voz brademos...

A surdez dos insensíveis é um horror!

Nota do Autor: Poesia escrita para a minha amiga e irmã na fé, Suzete da Silva Barcelos, a pedido, em 04 de junho de 2011, com todo o meu carinho.

Antonio Alves
Enviado por Antonio Alves em 06/06/2011
Reeditado em 05/07/2011
Código do texto: T3017719
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