FRIO

No silêncio fininho da noite,

Na negritude áspera do chão,

O frio corta a beleza das flores,

Num movimento rude e trêmulo.

Dançam tristes as bailarinas,

Num bailar sem ritmo e automático,

É o inverno que desperta,

O sono leve da flora.

Das pétalas infantis e florais,

Escorrem gotas de neblina cristalina,

É o choro do sofrimento incontido,

Contido nas florzinhas sem abrigo.

Luz Miranda
Enviado por Luz Miranda em 04/06/2011
Reeditado em 04/06/2012
Código do texto: T3013521