O MENINO CHORÃO

Anda pelas ruas a vagar,

Sem ninguém para orientar.

O menino chorão,

Anda com os pés no chão.

Abandonado segue sem esperanças,

Fazendo falsas alianças.

Até esquece que ainda é uma criança.

Corre de um lado para o outro e não se cansa.

O mundo recruta para o mal praticar,

Tornando -se alvo fácil de se dominar.

Demonstra ser forte e bravo guerreiro,

Para agradar seus novos companheiros.

Já não vai mais à escola,

Nem tão pouco joga bola.

Sua vida vai ficando esquecida,

Numa grande nuvem bandida.

Perde verdadeiramente à sua identidade,

Perde também à sua dignidade.

As drogas é a sua maior ilusão,

Segue iludindo a si e aos outros nesta podridão.

Pensam que estão contribuindo para à nação,

Perdendo o alvo da grande visão.

Clamam por Deus somente no perigo,

Esquecendo que Ele é o fiel amigo.

Famílias não sabem mais o que fazer,

Vendo os seus filhos muito cêdo morrer.

São muitos jovens enterrados em sepulturas,

Deixando marcas de dor e amarguras.

O menino chorão,

Que outrora, apenas pedia um pedaço de pão,

Agora é mais um homem violento, com uma arma na mão,

Perdendo à essência da própria razão.

A sociedade fecha os olhos e fingem não ver,

Que se todos ajudassem, poderíamos vencer.

Repensando na grande estátistica de violência,

Investindo em Projetos voltados para uma Educação com Consciência.

(Pense nisso! Uma boa receita deve ser experimentada)

(Escrita em 2004)

Leila Rodrigues
Enviado por Leila Rodrigues em 03/06/2011
Reeditado em 11/01/2021
Código do texto: T3012704
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