MOÇA, NADA ME DEVES!

(Para Uma Jovem Senhora Que ainda não sabe ler)

Devedor me tornei de alfabeto roubado
Ao longo dos tempos na dívida ativa
O meu “mobral” faliu de saída
Dívida não paga – me sinto acusado!

Estou constrangido, e sinto tristeza
De ver o descaso com a educação
Estou na Atenas de grandes letrados
De escritores famosos deste Maranhão!

O constrangimento da moça é visível
Não me deve nada, bem pelo contrário
Devedor de letras, septuagenário
Na lista me incluo - cidadão incrível!

Atenas Brasileira, 27-5-11