Olinda, tu já fostes mais linda!

Oh! Linda! Disse Duarte Coelho,

Aquele que a descobriu para o mundo.

Se a visse como eu,

Atirar-se-ia no mar profundo.

Tristes ruas esburacadas

Pichações nas igrejas e nas calçadas

Vândalos que fazem arruaça

Nos bancos e cantos da praça

Triste de minha Olinda

O cheiro que incomoda o ano inteiro

De Janeiro a Janeiro

Insuportável no Carnaval

Triste de mim

Pobre de mim

Minha cidade destruída

Pelos que ficam e que vão

Do turista ao caboclinho

Todos sujam o meu chão

Pobre de mim

Triste de mim

Morrerei sem ver Olinda

Realmente Linda

Como Duarte Coelho ainda viu

Tainã Carine
Enviado por Tainã Carine em 28/05/2011
Reeditado em 09/06/2011
Código do texto: T2999525
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