Olinda, tu já fostes mais linda!
Oh! Linda! Disse Duarte Coelho,
Aquele que a descobriu para o mundo.
Se a visse como eu,
Atirar-se-ia no mar profundo.
Tristes ruas esburacadas
Pichações nas igrejas e nas calçadas
Vândalos que fazem arruaça
Nos bancos e cantos da praça
Triste de minha Olinda
O cheiro que incomoda o ano inteiro
De Janeiro a Janeiro
Insuportável no Carnaval
Triste de mim
Pobre de mim
Minha cidade destruída
Pelos que ficam e que vão
Do turista ao caboclinho
Todos sujam o meu chão
Pobre de mim
Triste de mim
Morrerei sem ver Olinda
Realmente Linda
Como Duarte Coelho ainda viu