BUMERANGUE

BUMERANGUE

Não atinamos que aquele era o momento:

Era o fermento.

Com nossos corpos nos entrelaçamos por um tempo

Em que o próprio tempo fingia não ter conhecimento.

Alheio ao que vivíamos não nos certificamos

De que era verdadeiro o sentimento

E sucateamos por descuido da juventude,

O que hoje, por legado, temos como advento:

O frustração do não pioneirismo;

O excesso do contratempo.

O vaivém na rede;

O olhar terno,

Puxa, não nos demos!(...)

Como lamento sal que me traria o contentamento!

Acabou por se dissipar ao etéreo

O mais lindo acontecimento.

Tornamo-nos insípidos,

De outros por longo tempo.

Porém, amor é inócuo, sem prejuízo ou agendamento.

Trouxe-nos a maturidade: luz do merecimento

Que estampado se retrata perene em nosso comtemporâneo momento.

Nunca nos esqueçamos sobre aquele tempo

Mas vivamos, hoje,

O momento que de volta recebemos.

Wagner viana

Wagner Viana
Enviado por Wagner Viana em 26/05/2011
Código do texto: T2994808