BUMERANGUE
BUMERANGUE
Não atinamos que aquele era o momento:
Era o fermento.
Com nossos corpos nos entrelaçamos por um tempo
Em que o próprio tempo fingia não ter conhecimento.
Alheio ao que vivíamos não nos certificamos
De que era verdadeiro o sentimento
E sucateamos por descuido da juventude,
O que hoje, por legado, temos como advento:
O frustração do não pioneirismo;
O excesso do contratempo.
O vaivém na rede;
O olhar terno,
Puxa, não nos demos!(...)
Como lamento sal que me traria o contentamento!
Acabou por se dissipar ao etéreo
O mais lindo acontecimento.
Tornamo-nos insípidos,
De outros por longo tempo.
Porém, amor é inócuo, sem prejuízo ou agendamento.
Trouxe-nos a maturidade: luz do merecimento
Que estampado se retrata perene em nosso comtemporâneo momento.
Nunca nos esqueçamos sobre aquele tempo
Mas vivamos, hoje,
O momento que de volta recebemos.
Wagner viana