Estela, Por Que Não Vês?

Por que finges estar desperta

Dos sonhos de uma Revolução

Tão caídos? Se tu tinhas mesmo

Intenção, por que não aproveitas

Essa ocasião e faz o que simulavas

Querer fazer? Por que te permites

Como um sáurio fazer tudo e ainda

Mais do que teus opressores te

Faziam sofrer? Estás no comando

E no olvido desse sono dos caídos

Todos descendo céleres contigo

A rampa de teu provisório Palácio

Que dizes, Estela, é tarde? É cedo?

Para mudar o paradigma dessas

Salas de aula onde mais nada se

Aprende que a cartilha do ABC

Da submissão e do medo? Que

Esperas, Estela, para mudar? Se

Lutavas pelo poder, agora o tens

Em mãos, estais a repetir igual a

Elles, àqueles que um dia te

Devoraram hasteando a bandeira

De uma pátria em franca erosão.

Por que não vês, Estela? Tu vês

Sim, mas fazes que não. Reforças

Maquinavélica aquele estado

E Estado de coisas ao qual fingias

Lutar contra e dizer não! Agora

Tens o poder entre as mãos

Por que reforças, maquinavélica

Esse Estado e estado de cação?

Ao qual na guerrilha fingias

Dizer não! Afinal, deves ter por

Paradigma, a resposta na ponta

Da língua e no combate oficial

Às leis do Dragão. Dize-me e ao

Polvo eleitor brasileiro: presides

O Estado apenas para ter busto

Numa praça no subúrbio, na

Contramão? Que dizer de teus

Ministros e parlamentares cínicos

A lhes medir todos os riscos e a

Deitá-los em berço esplêndido

No teu Leito de Procusto. Ainda

Tens no peito (fazias de conta que

Tinhas) um coração? Agora teus

Artelhos, tuas vestes de grifes

Teus cabelos de salão... Afinal,

Não és a única Chefe de Governo

Do Planeta, Não é mesmo?!

DECIO GOODNEWS
Enviado por DECIO GOODNEWS em 26/05/2011
Reeditado em 28/05/2011
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