Profano

Profano

Luxurioso, ladino e profano.

Eis-me no quarto;

No anonimato

A observar teu corpo;

Teu encanto.

Sequer percebes

Minha surdina fascinação.

Ignoto ao irônico que violará

Teu templo com obstinação.

À noite me tenho lascivo

E logo serás mistura de mim

No universo libertino

Em que me encontro

Que me é empírico desabono.

Teu corpo tomado de repouso

Lança-me à contradição.

Meu corpo é volúpia desregrada,

Tuas curvas salienta-me

A percepção exata.

Dissimulada despercebida

Vira-se ressonando

Ver vultosa flor distorcida,

Não há juízo para tanto

O perfume e o orvalho da flor

É o ápice do meu bem-querer.

Desfaleço-me leve, sublime

Por me ter possuído em você.

(Wagner Viana)

Wagner Viana
Enviado por Wagner Viana em 25/05/2011
Código do texto: T2992152