Quantas vezes
Quantas vezes,
vi os meninos de rua,
num sono agitado,
estirados
na calçada nua,
tendo por coberta
as estrelas e a lua!
Quantas vezes
vi o esquálido mendigo
de trapos vestido
tremendo de frio,
sem ter um abrigo!
Quantas vezes vi a mãe
com o filho o colo,
sentada no chão
a chorar, implorando
por um naco de pão!
Quantas vezes vi você
apressado passar,
esquivando-se
daquele olhar pidão,
preocupado demais
com seu ego,
para sequer um olhar,
um sorriso, quanto mais
estender a mão!
Porto Alegre/RS
Quantas vezes,
vi os meninos de rua,
num sono agitado,
estirados
na calçada nua,
tendo por coberta
as estrelas e a lua!
Quantas vezes
vi o esquálido mendigo
de trapos vestido
tremendo de frio,
sem ter um abrigo!
Quantas vezes vi a mãe
com o filho o colo,
sentada no chão
a chorar, implorando
por um naco de pão!
Quantas vezes vi você
apressado passar,
esquivando-se
daquele olhar pidão,
preocupado demais
com seu ego,
para sequer um olhar,
um sorriso, quanto mais
estender a mão!
Porto Alegre/RS