O Zé
E lá se foi mais um Zé...
encher as estatísticas
dos diversos “Brasis”.
Um Zé filho da pobreza,
que cresceu entre idas e vindas,
à FEBEM e à Praça da Sé.
Mais um “avião” do tráfico,
mais um “surfista” de trem...
Morreu antes de ser “de maior”,
à margem da sociedade e da lei.
Morreu pai, aos dezesseis;
criança que fez criança,
que brincava com “berro”,
que assustava “no berro”
e tinha “sustos” no olhar...
E lá se foi mais um Zé,
de olhar marejado,
com nó na garganta
e angústia no peito,
sozinho em sua última jornada...
Amem!!!