Pelas docas da amargura

 

Quando tu vens para mim

Rasgo as minhas concepções

meus sonhos são utopias

Destróis minhas ilusões

 

Teu ar morno tentador

que me sussurra amor

forte ensombrado agressivo

não passa de um grito

que me acorda da apatia

e nesse olhar enganador

que me fala de paixão

eu vejo nascer o dia

nos braços de um sedutor

 

Quando tu vens para mim

Eu sei que me destróis

Tramas habilidosamente

meu carácter de fraqueza

como o fazes com as cartas

que volteias na tua mão

quando te sentas á mesa

desse bar para jogar

deixando-me num canto

em qualquer lugar

E eu rasgo as fantasias  

dessa fraqueza faço desafio

e perdendo-me de mim

vejo-te como um Deus

que me levará  ao céu.

Mas abrindo os olhos espantada

nesse bar sujo e nauseabundo

vejo a realidade marcada

e ao som de um tango rasgado

deixo as lágrimas num rosto sujo de pintura

nas tábuas do chão

onde  condenado esta o meu fado.

 

De tta

 

 

Tetita ou Té
Enviado por Tetita ou Té em 16/05/2011
Código do texto: T2973390
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