Quando tu vens para mim
Rasgo as minhas concepções
meus sonhos são utopias
Destróis minhas ilusões
Teu ar morno tentador
que me sussurra amor
forte ensombrado agressivo
não passa de um grito
que me acorda da apatia
e nesse olhar enganador
que me fala de paixão
eu vejo nascer o dia
nos braços de um sedutor
Quando tu vens para mim
Eu sei que me destróis
Tramas habilidosamente
meu carácter de fraqueza
como o fazes com as cartas
que volteias na tua mão
quando te sentas á mesa
desse bar para jogar
deixando-me num canto
em qualquer lugar
E eu rasgo as fantasias
dessa fraqueza faço desafio
e perdendo-me de mim
vejo-te como um Deus
que me levará ao céu.
Mas abrindo os olhos espantada
nesse bar sujo e nauseabundo
vejo a realidade marcada
e ao som de um tango rasgado
deixo as lágrimas num rosto sujo de pintura
nas tábuas do chão
onde condenado esta o meu fado.
De tta