Canibais.
Canibais.
Canibais por toda parte.
Canibais dos outros.
Canibais de si mesmos.
Comem a carne de seus semelhantes.
Comem a carne de si mesmos.
Sugam o sangue de seu próximo.
Canibais.
Canibais loucos por poder.
A febre por sangue dá lugar a febre pelo lucro.
Mundo vazio.
Sétima potência da morte.
Um salário mínimo que mata aquele que tanto luta para sobreviver.
Canibais.
Canibais dizem que o mundo e o país é todos.
Mais a maioria só sofre e morre.
Canibais sugam o sangue do povo.
Canibais matam o homem que trabalha para viver.
Canibais.
A febre por sangue dá lugar a febre por dinheiro.
No mundo do capital, os canibais são os poderosos donos do dinheiro.
Eles tudo compram, até a impunidade.
Canibais.
Nada querem além de se alimentar da tua, da minha, da nossa carne.
Canibais.
Esse mundo, é um mundo de canibais.
E aqueles que nos comem a carne nos obrigam também a comer a nossa própria carne.
Porque vivemos num mundo de canibais, não pode haver esperança.
Porque vivemos num mundo de canibais, perdemos o bem mais precioso que Deus nos deu: a nossa vida.
Canibais nos tiram o trabalho e nos jogam no lodo do desemprego.
Canibais aumentam o preço do arroz, do feijão.
Canibais nos tiram o pão.
Canibais nos tiram até o chão.
Canibais nos atiram em esquinas.
Canibais nos jogam na marginalidade.
Porque vivemos num mundo de canibais.
Onde a febre por sangue dá lugar a febre por lucro.
E o mundo do dinheiro, é o mundo do privilégio para poucos.
Mas, é também o mundo da morte para muitos.
E por mais que digam que acabarão com a miséria, não acredite.
A miséria sempre existirá.
E sempre existirá porque vivemos no mundo do canibalismo, onde a ordem é sugar todo sangue daqueles que precisam trabalhar para sobreviver.
Vivemos o lodo de um mundo obscuro.
Vivemos a loucura de um mundo torpe e doente.
Porque esse mundo é o mundo da desigualdade.
É o mundo da exploração e da escuridão.
Então, sinto muito, meu irmão, mas não há esperança para esse mundo.
Não, não há esperança para esse mundo.
E não há esperança, porque vivemos num mundo de canibais.